Como Construir Uma Estratégia de Criação de Conteúdos

Construir uma estratégia de conteúdo bem executada é a espinha dorsal de qualquer campanha de Inbound Marketing (ou Marketing de Atração) de sucesso. Toda estratégia é construída em torno de conteúdo. Desde as táticas que você vai utilizar para atrair mais visitantes qualificados para o seu site, até as técnicas para converter estes visitantes em clientes potenciais e transformá-los em consumidores, são os métodos que você usará para continuar a construir engajamento com seus clientes e fazê-los voltar a comprar novamente.

Sabemos que é necessário um grande esforço para a construção de uma estratégia de conteúdo. Porém, nos últimos anos, o desenvolvimento de conteúdo de alta qualidade tem sido o centro dos esforços de marketing de muitas empresas, e temos visto em primeira mão o impacto que esta prática pode ter sobre o seu negócio. Sabemos também o quanto que o desenvolvimento de conteúdo pode consumir do seu tempo. Então vamos passar apenas alguns pontos rápidos para ajudar você a construir uma melhor estratégia de conteúdo.

  • Saiba para quem você está escrevendo – seus personagens compradores devem ser a sua primeira e principal prioridade;
  • Não basta escrever por escrever – tenha sempre ter um propósito e se certifique de que você está alinhado com seus objetivos;
  • Use um calendário editorial para ajudá-lo a planejar com antecedência, o que vai poupar muito tempo a longo prazo;
  • Não se esqueça das palavras-chave, que vão ajudar você a ganhar o tráfego de qualidade que deseja;
  • Escreva de forma consistente para seguir um cronograma de postagem que é gerenciado por sua equipe, mas que os leitores também podem contar com aquele conteúdo;
  • Não copie o que seus concorrentes estão fazendo, é importante ter uma voz única para que você possa se destacar em seu mercado;
  • Use seus concorrentes para inspiração, veja que tipo de conteúdo está realmente conversando com o seu público para ajudá-lo a debater temas em sua própria estratégia;
  • Não gaste todo o seu tempo se preocupando em como se tornar um uma referência no seu mercado, o foco deve ser na produção de conteúdo de alta qualidade e a liderança do mercado será reconhecida em seguida;
  • Analise as suas informações para ver que tipo de conteúdo seus leitores estão interessados e determine como você pode continuar a melhorar;
  • Não tenha medo de mudar a sua estratégia no meio se ver que as coisas não estão funcionando.

Os seres humanos vivem suas vidas acumulando mais e mais coisas para colocarem em mais e mais lugares. Se formos a algum lugar novo imediatamente precisamos obter mais coisas para preencher esse lugar aberto. A casa é o lugar onde nós colocamos as nossas coisas enquanto conseguimos mais coisas. As empresas se comportam da mesma maneira. Quando a web surgiu, tivemos que pegar todos os nossos produtos e materiais de serviço e preencher os nossos Websites. O pensamento era que quanto mais coisas pudéssemos colocar na web, mais chances nós tínhamos de vender o nosso produto.

Assim, quando os clientes estão à procura de coisas, eles sabem que nós temos o material de que necessitam. Então, podemos acrescentar ainda mais coisas em nosso site para que possamos vender ainda mais coisas. Mais lugares para colocar o nosso material. E então aconteceu. De repente, não havia mais lugares para colocar o nosso material corporativo. Blogs foram criados, e começamos a ter um blog sobre o nosso produto incrível. Youtube foi criado, e criamos filmes sobre o nosso produto.

O Facebook foi criado, e criamos fanpages sobre as nossas coisas, esperando que as pessoas gostassem de comentar sobre nosso produto, e até mesmo compartilhar nossos materiais com outras pessoas que esperávamos que desejassem comprar nossas coisas. E então criamos Instagram e Pinterest de nossas coisas, Tumblr e Vines do nosso material, e então nós tuitamos isso para ver se alguém queria comprar nosso material. Mas rapidamente percebemos que nosso material não era interessante para os clientes e a maioria dos clientes antigos não queria as nossas coisas e não tinham vontade de compartilhar isso com outras pessoas que realmente desejassem comprar nossas coisas.

Como os clientes não viram nossas coisas em nosso site, e ignoraram completamente as coisas que falávamos em nossos blogs e outras mídias sociais e, em seguida, o Google não classificou o nosso material em seu motor de busca, nós encontramos uma maneira melhor: conteúdo sobre coisas. Começamos a criar material que fosse interessante para os nossos clientes. Nós paramos de falar muito de nossas coisas e começamos a falar sobre as coisas dos nossos clientes, ou pelo menos coisas que nossos clientes se interessavam.

Dessa forma, os clientes começaram a prestar atenção ao nosso material e alguns até começaram a compartilhá-lo. Os pageviews dispararam e as ações sociais aumentaram o número de pessoas que olhavam para o nosso material de conteúdo. Funcionou tão bem, que fomos capazes de conseguir mais orçamento de marketing para criar mais material, e contratar mais pessoas para criar mais material de conteúdo sobre as coisas dos clientes. Mas o sonho logo terminou, porque mesmo que as pessoas estivessem amando do material de conteúdo, não estava nos ajudando a vender nosso material corporativo. Nosso gerente de marketing questionou o porquê estávamos criando tudo isso, se não estávamos vendendo. E, desse ponto em diante, não poderíamos criar qualquer coisa com conteúdo até que começássemos a mostrar que era possível vender mais o nosso produto.

O Momento da Estratégia

Conteúdo sem estratégia é apenas material. Há duas (2) razões porque a maioria das marcas está perdendo seu tempo criando todos esses materiais de conteúdo:

  • A criação de um material corporativo que não ressoa com o material do cliente significa pouca ou nenhuma atividade;
  • A criação de material de conteúdo, sem uma verdadeira estratégia que cria uma atividade sem resultado final que deveria acabar ajudando a empresa a vender o material corporativo.

Sabe-se que 9 a cada 10 organizações possuem verbas para conteúdo e, ao mesmo tempo, a grande maioria dessas empresas possui uma estratégia não documentada para o que está criando nesse material de conteúdo. Sendo assim, para o Marketing de Conteúdo funcione precisamos das nossas coisas, com as coisas que importam para o cliente através do conteúdo. A estratégia alinha a necessidade dos clientes com a necessidade da empresa. As nossas coisas – vender mais, economizar mais ou criar clientes mais felizes.

Nas palavras de Andrew Davis isso significa vendas, poupança ou a luz do sol. Em outras palavras, temos que nos perguntar por que estamos criando conteúdo. São pelas vendas, poupança ou luz do sol? Como é que vamos medir isso? E qual é a hipótese de quanto tempo isso vai levar?

Então, deve-se criar material durante um período consistente de tempo através de canais consistentes que mostram que entendemos sobre as coisas que importam para o cliente. Quais são os seus pontos fracos? O que os mantém acordados à noite? Como podemos resolver estes problemas a cada dia, semana, mês, ano, dando-lhes um incrível material de conteúdo que vai ajudá-los com as suas coisas? A interseção do que você sabe como marca e quais são as necessidades dos seus clientes se torna o ponto central de todo o material de conteúdo que você cria.

Tipos de Conteúdo Que as Pessoas Compartilham

  • Moeda Social – A história que contamos influencia a vida das pessoas. A razão pela qual alguém compartilha um produto, marca, serviço, site ou qualquer outra coisa é porque elas querem passar uma impressão para seus conhecidos. Muitas marcas querem que os consumidores compartilhem seu conteúdo, mas nunca consideraram como o compartilhamento vai fazer as pessoas parecerem para seus contatos. O compartilhamento social é a moeda da internet. Certifique-se que o seu conteúdo valha o preço.
  • O Gatilho – As pessoas falam sobre as marcas quando há uma conversa contextualmente relevante ocorrendo. As pessoas falam de cereal quando estão tomando café da manhã. As pessoas falam sobre toalhas de papel depois de derramar o seu cereal. Desenvolva um gatilho que faça com que sua marca venha à mente do usuário no momento ideal.
  • Emoção – Os seres humanos são criaturas emocionais e nós compartilhamos coisas que incitam as nossas emoções. A P&G é mestre quando o assunto é conteúdo emocional. Sua série de vídeo sobre as Olimpíadas “Obrigado, mãe”, foi compartilhada e vista milhões de vezes. A campanha pela real beleza, de Dove, é outro excelente exemplo. Desenvolver conteúdo emocional que ressoa com a sua marca irá aumentar a probabilidade de que suas mensagens sejam compartilhadas. A emoção sempre é um bom motivo para as pessoas compartilharem.
  • Escalabilidade – A natureza pública do boca a boca é um dos seus pontos mais fortes. Ao planejar suas campanhas sempre considere que tudo o que você desenvolve, possivelmente será visto por milhões de pessoas. A escalabilidade é muito importante para o marketing boca a boca. Se o seu código promocional só pode ser usado 100 vezes, não o compartilhe no Facebook para milhares de pessoas (a menos que você tenha a intenção de criar urgência). Sempre considere como sua mensagem será recebida por um grande público.
  • Valor Prático – Produtos e promoções úteis são compartilhadas. O mesmo vale para quando alguém compra um grande produto. Será que o seu conteúdo tem algum valor prático? O que eles podem fazer? A Lowe, por exemplo, criou uma série de vídeos no Vine ilustrando como realizar tarefas básicas em casa. Esse é o tipo de conteúdo educacional que oferece valor real para os consumidores da marca Lowe. Considere isso na próxima vez que você estiver planejando uma estratégia de marketing ou promoção de produtos. Qual o valor que isso tem para as pessoas? Por que eles se importariam?

Histórias – Amanda estava cansada de comer a mesma coisa, então ela comprou a panela elétrica que a mãe dela tinha recomendado. No começo, pensou que tinha cometido um erro. Mas depois uma deliciosa refeição, já estava viciada no seu novo gadget de cozinha. Desenvolva conteúdo para a sua marca que conte uma história, mas também carregue sua mensagem de marketing para o leitor. A chave para histórias é compartilhar uma mensagem que tenha uma fácil identificação com o público, algo que além de chamar atenção faça com que eles desejem compartilhar com sua rede.

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AS ESCOLAS DO PENSAMENTO ECONÔMICO

Como se Caracterizou o Mercantilismo? O Que Tratava a Teoria da Fisiocracia? Quem Foram os Principais Defensores do Liberalismo? Qual a Importância de John M. Keynes Para a Macroeconomia? Qual o Foco da Análise de David Ricardo?

Sabe-se que algumas das principais funções da Economia é descrever, analisar, explicar e correlacionar o comportamento da produção, do desemprego, dos preços e outros fenômenos semelhantes. E, para que tudo isso tenha significado, é necessário que essas descrições sejam mais do que narrativas separadas, devendo estabelecer um padrão sistemático a fim de constituir a verdadeira análise. Para isso, é preciso recorrer a alguns episódios que ocorreram no passado que servem de parâmetros explicativos para as ocorrências dos dias atuais e, diante disso, é importante conhecermos a origem do pensamento econômico.

O Mercantilismo

Conforme Rossetti (2000), em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética e dos costumes individuais. A atividade econômica orientava-se de acordo com alguns princípios gerais de ética, justiça e igualdade. Os conceitos de troca, em Aristóteles, e preços justos, em São Tomás de Aquino, a condenação dos juros ou da usura, encontravam sua justificativa em termos morais, não existindo um estudo sistemático das relações econômicas. A partir do século XVI, assistimos o surgimento da primeira escola econômica – o Mercantilismo – o qual se constituiu um momento de forte evidência da intervenção do Estado na Economia. As premissas básicas dessa escola do pensamento econômico são:

  • O governo de um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais preciosos.
  • Os estímulos das guerras justificavam a forte e constante presença do Estado em assuntos econômicos.

Naquela época, havia a crença de que a riqueza das nações estava na quantidade de ouro e prata que possuíam e que poderiam acumular. Por essa razão, o principal objetivo dos portugueses e dos espanhóis no continente americano era o de descobrir fontes de ouro e prata. Mas, como aconteceu na América, nem sempre era possível achar o metal precioso para abastecimento dos cofres dos Estados europeus. E a saída era acumular ouro e prata através do comércio, que recebeu uma série de características para atender essa necessidade. Essa era uma outra alternativa viável na época.

  • A Fisiocracia (do grego “Governo da Natureza”): Trata-se de uma teoria econômica desenvolvida por um grupo de economistas franceses do século XVIII que acreditavam que a riqueza das nações era derivada unicamente do valor de “terras agrícolas” ou do “desenvolvimento da terra”, e que produtos agrícolas deveriam ter preços elevados.
  • Teoria Agrícola do Excedente: Os fisiocratas formularam seus estudos no momento em que a economia era quase que essencialmente agrária. Pode ter sido esse o fator motivador que considerava apenas o trabalho agrícola como sendo valioso e produtivo. O excesso de produção permitiria o desenvolvimento do comércio, a existência de artesãos e a organização governamental.
  • Lucro: O lucro advindo da indústria e do comércio não poderiam ser geradores de riquezas. As mercadorias e outros bens que circulavam nesses dois setores representavam uma transformação daquilo que era gerado pelo uso da terra, fonte de toda e qualquer riqueza. Segundo a Fisiocracia, os proprietários da terra deveriam ser considerados os verdadeiros geradores de toda a riqueza nacional.

O Liberalismo

Trata-se da teoria de maior destaque entre as que tentaram justificar a organização da sociedade industrial capitalista e, seus principais pensadores foram Adam Smith e David Ricardo. Sua principal ideia era a liberdade desassociada completamente do controle e a regulação em excesso advinda do governo na Economia a fim de assegurar as condições da produção de mercadorias. A questão é: até que ponto a não participação do Estado permite uma condição de sustentabilidade econômica? Os próprios pensadores do liberalismo divergiam entre si e acredita-se haver muito mais questões envolvidas do que simplesmente o equilíbrio econômico. As principais ideias de Adam Smith eram a teoria do “deixai fluir livremente” (laissez-faire), uma política econômica liberal que estimulava a competição e condenava o controle e a regulação excessiva do governo na economia. Segundo Fontes (2010), uma de suas ideias liberais mais divulgadas refere-se à mão invisível, metáfora criada por ele. O sistema de mercado age como uma mão invisível, pois nele as ações individuais e egoístas dos agentes econômicos resultam nos melhores resultados do ponto de vista da sociedade como um todo. Significa que, mesmo quando o indivíduo busca apenas o seu próprio interesse, os resultados acabam gerando benefícios para a coletividade.

Ainda de acordo com Fontes (2010), a competição é o principal mecanismo do sistema de mercado, impondo naturalmente certa disciplina aos diversos agentes econômicos. Por exemplo, se um vendedor quiser comercializar um produto por um preço acima do que o mercado deseja comprar, ele não encontrará comprador. Ou, se um trabalhador exigir um salário acima do praticado pelo mercado, ele continuará desempregado. Smith (economista e filósofo escocês) foi o que mais contribuiu para a moderna percepção da economia de livre mercado. Segundo seu livro mais importante, uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações, publicado em 1776, a riqueza das nações e dos indivíduos em geral era fruto de interesses próprios (self-interest), sendo que o bem que todos os indivíduos proporcionam não são auto percebidos.

  • Karl Marx: Segundo Fontes (2010), Marx é considerado o pai do comunismo, uma doutrina que propõe o fim das classes sociais e do Estado, com a abolição total da propriedade privada e igual distribuição dos bens produzidos pela sociedade. Fez-se importante naquele momento a expressão “mais-valia”, um dos pilares do Marxismo referente à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o valor pago ao trabalhador, sendo considerada a base da exploração do sistema capitalista. O que distingue Smith de Marx é principalmente o fato de o primeiro ter visualizado a acumulação e o crescimento econômico como aspectos inerentes e positivos do capitalismo, enquanto o segundo via a acumulação e o crescimento como processos que ocorreriam à custa da marginalização das pequenas firmas e dos trabalhadores, reduzindo eventualmente a estrutura social a uma grande massa de proletariados e a um pequeno número de poderosos capitalistas.
  • John M. Keynes: Keynes foi um economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática. Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no pensamento econômico; ele era contrário às ideias da economia neoclássica, as quais defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores desde que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após o término da 2ª Guerra Mundial, suas ideias econômicas foram adotadas pelas principais potências econômicas do Ocidente e, durante os anos de 1950 e 1960, o sucesso dos princípios de Keynes foi tão evidente que a maioria dos governos capitalistas adotou suas recomendações. Conforme citado por Antônio Delfim Netto, “É incrível o que Keynes pensou. Ele foi muito mais do que um economista. O que ele escreveu é muito mais relevante para a economia do que tudo que fizeram depois”.
  • Jean B. Say: O economista francês Jean Baptiste Say (1768-1834) continuou os estudos de Adam Smith e foi o formulador da chamada Lei de Say, a qual pode ser assim resumida: (a) A oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos; (b) A oferta cria sua própria demanda. Como curiosidade histórica, o que acontece com a Lei de Say é que ele jamais escreveu que “a oferta cria a sua própria procura”, mas ficou conhecido por isso. Em outras palavras, ele ficou famoso pelo que não fez. É um grave erro de interpretação do que ele escreveu.
  • David Ricardo: Ricardo (1772-1823) pode ser considerado como outro expoente do período clássico, desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico. Ele analisou o comércio entre as nações e tais estudos constituíram um importante item da teoria do comércio internacional, chamada de Teoria das Vantagens Comparativas.
  • Thomas Malthus: Esse economista inglês (1766-1834) elaborou uma teoria afirmando que a população iria crescer tanto que seria impossível produzir alimentos suficientes para alimentar o grande número de pessoas no planeta. Para ele, o mundo deveria sim ter doenças, guerras, epidemias, ele também propôs uma política de controle de natalidade para que houvesse um equilíbrio entre produção de alimentos e população. Entre suas obras, a principal foi “Ensaio Sobre o Princípio da População”. Para Malthus, a produção de alimentos crescia de forma aritmética enquanto o crescimento populacional crescia de forma alarmante.

REFERÊNCIAS

FONTES, R. Economia: um enfoque básico e simplificado. São Paulo: Atlas, 2010. 
FARINA, E. M. ; AZEVEDO, P. F. ; SAES, M. S. Competitividade: Mercado, Estado e Organizações. São Paulo: Editora Singular, 2000.
MENDES, J. T. G. Economia: fundamentos e aplicações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
MOCHÓN, F. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2000.



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Aspectos Introdutórios do E-Commerce

Quando e Onde Começou a História do E-Commerce? Por Que Hoje é Essencial Para o E-Commerce Adotar Estratégias de Marketing Diferenciadas? Quais as Principais Vantagens do E-Commerce Para os Consumidores?

Atualmente, o comércio eletrônico acabou se tornando uma realidade em nossas vidas e, conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, ele já movimenta bilhões de reais todos os anos. Porém, com tantas informações nos bombardeando todos os dias, também se tornou essencial para o E-Commerce adotar estratégias de marketing diferenciadas, a fim de disputar a atenção do público-alvo e garantir seu sucesso nesse mercado. Você já pensou quantas vezes recebeu cupons de desconto para comprar algo pela internet? Ou quantos e-mails recebeu quando parou de utilizar algum aplicativo ou o desinstalou do celular? Pois bem. Tudo isso faz parte das estratégias de marketing digital.

São muitas as definições para o E-Commerce na literatura, mas resumidamente pode-se dizer que se trata de um modelo de negócio onde são realizadas operações de compra e venda de produtos – ou serviços – através da internet. Contudo, engana-se quem pensa que as estratégias de marketing do E-Commerce devem ser focadas apenas no “e” da palavra (que se refere muito mais à tecnologia) e esquecer do que realmente se trata: de vendas. E, por isso, é necessário entender de tecnologia, mas com foco no mercado e no comportamento das pessoas. Assim, é indispensável para um comércio eletrônico de sucesso manter a atenção no planejamento, na escolha do nicho de mercado, na criação de campanhas de marketing efetivas e no relacionamento com o cliente.

Histórico

A história do E-Commerce começou em 1994 nos EUA, com a empresa Amazon.com – empresa pioneira neste tipo de comércio e uma das líderes do segmento em todo o mundo. Já no Brasil, a primeira grande varejista a se aventurar na web foi a Booknet que, anos depois, teria sua marca substituída pela Submarino, inaugurada em 1995 e hoje parte do conglomerado B2W Digital. O acesso cada vez maior de consumidores à internet, a melhoria da infraestrutura de acesso à banda larga e o crescimento do poder de compras destas classes, foram determinantes para o crescimento do comércio digital e, o investimento em novas tecnologias, também faz com que o consumidor tenha mais confiança na hora de realizar pagamentos online. Na América Latina, o Brasil lidera o e-commerce, representando em torno de 41% das vendas, sendo aproximadamente 85% das compras feitas de empresas locais […]. Porém, os sites internacionais vêm conquistando espaço no E-Commerce brasileiro ao oferecer preço mais baixo, produto não disponível em lojas brasileiras e lançamentos que não chegaram ao País ([1]).

O E-Commerce se apropriou de datas comemorativas e de grandes eventos, criando ações promocionais como a Black Friday ([2]) e a Cyber Monday ([3]), que acontecem no final de novembro, e o Dia do Consumidor, realizado no dia 15 de março, datas em que o faturamento supera as expectativas. A cada ano, os consumidores adquirem mais confiança nos descontos ofertados pela internet e esperam por esses eventos para efetuar suas compras. Então, podemos observar que o E-Commerce não é mais considerado um modismo, pois continua se expandindo e atraindo cada vez mais investidores de vários países. As empresas de diferentes portes e setores que se adequam a esta realidade só tendem a crescer, pois o comércio digital é mais uma alternativa para atrair novos consumidores.

O Mercado Tradicional e o Mercado Eletrônico

O mercado tradicional tem como público-alvo os consumidores que se deslocam a uma determinada loja física e utilizam como métodos principais de publicidade a TV, revistas, jornais e outdoors. Enquanto isso, o mercado eletrônico utiliza plataformas virtuais como uma vitrine e entrega o produto no endereço que o consumidor desejar. Contudo, uma empresa off-line ainda pode se beneficiar do mercado eletrônico e ambos podem coexistir. O mercado eletrônico proporciona que um mercado físico se torne uma corporação multinacional virtual, pois além de possibilitar a venda de produtos de forma nacional e internacional, reduz consideravelmente o custo de processamento, distribuição e recuperação de informações. Quando falamos especificamente em marketing, a economia do digital é substancial, pois o mercado tradicional tem estratégias focadas em atingir massas, na quantidade de possíveis consumidores e, geralmente, na mídia impressa, que possui alto custo de produção. Enquanto isso, no meio digital, apesar da quantidade ser importante, o foco é a segmentação de mercado, os nichos de clientes que recebem comunicação personalizada e interativa. Isso torna os investimentos em marketing digital mais baratos e com maior taxa de retorno.

A ideia de personalização não fica só nos anúncios, a customização dos produtos também é potencializada, permitindo que os clientes adequem itens e serviços ao que necessitam. Um exemplo é o serviço de impressão de fotos e montagem de álbuns. Mesmo sendo um produto físico, os sites oferecem ao consumidor a possibilidade de definir o formato, quantidades de imagens por página, diagramação, efeitos e um estilo que combine com a temática das fotos. Cada álbum tem uma combinação única personalizada pelo próprio consumidor. O E-Commerce permite que o cliente realize compras a qualquer hora e em qualquer lugar, podendo realizar comparação de preços, avaliações de outros consumidores – incluindo a qualidade da central de atendimento –, o tempo de entrega e se o produto era exatamente o descrito nas especificações do site. Embora o mercado digital apresente muitas vantagens, uma das principais desconfianças do consumidor é a falta de segurança nas transações e coleta de dados. Não é incomum ouvir que sites de grandes organizações foram invadidos e dados confidenciais de clientes foram expostos. Outra desvantagem é a constante evolução da tecnologia, muitas vezes levando à incompatibilidade entre os sistemas utilizados e a infraestrutura, fazendo com que as organizações que decidem trabalhar com este tipo de mercado tenham que estar sempre atualizadas, tanto nos modelos de negócio quanto nas tecnologias utilizadas para o comércio eletrônico, pois a concorrência é enorme e a pressão para se manter no mercado é grande. Em tempos de sustentabilidade, o desperdício de recursos ainda é muito grande, pois com a rapidez das mudanças tecnológicas, os hardwares e periféricos tornam-se facilmente descartáveis. Alguns fatores ainda são bastante determinantes para que um consumidor prefira se dirigir até a loja mais próxima do que comprar on-line no conforto da sua casa. Nem só de descontos vive um bom comércio digital. Na forma eletrônica, os consumidores não podem ver a real dimensão ou tocar um item nem o testar antes da aquisição. Dependendo do produto e do consumidor, esse pode ser um fator determinante na escolha entre uma loja virtual e uma loja física. Mesmo com tantas facilidades, o mercado eletrônico, como todo negócio, também possui riscos, por isso é importante ter consciência de que é um trabalho difícil e o ideal é que sempre seja realizado um estudo muito criterioso para entender o nicho, saber quais as vantagens e desvantagens e estar preparado para gerenciar crises.


([1])   TURCHI, Sandra R. Estratégias de marketing digital e e-commerce. – 2. ed. – [2. Reimpr.]. – São Paulo: Atlas, 2019

([2]Black Friday é o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças nos EUA – uma data de alta movimentação do comércio por conta do feriado prolongado e pelas promoções que marcam o início das compras natalinas. No Brasil, a primeira Black Friday aconteceu em 2010, apenas nas lojas virtuais e, com o passar dos anos e a adesão do consumidor brasileiro, o evento passou a integrar o calendário de ações do comércio físico, é uma das datas de maior faturamento no ano.

([3]Cyber Monday estreou em novembro de 2005 em um comunicado de imprensa da Shop.org que rapidamente se tornou um dos maiores dias de compras. O evento acontece após o feriado do de Ação de Graças nos EUA e foi criado para aproveitar o clima da Black Friday para compras virtuais. No Brasil, a primeira edição foi em 2011.

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As Atividades Empresariais Como Um Ramo do Direito

Qual a Definição de Uma Organização Empresarial? Como o Novo Código Civil Caracteriza os Profissionais Liberais e Sua Condição de Não Empresários? Quais as Características Distintivas do Direito Empresarial?

Ao longo dos anos, a mudança na concepção do que é realmente uma atividade empresarial ganhou força e, atualmente, até mesmo o trabalho no campo tem escopo na moderna Teoria da Empresa, fazendo com que os negócios rurais se equiparem muitas vezes ao exercício de uma instituição empresarial usual e pré-concebida. Seguindo a legislação o que se prevê é que uma empresa, para receber esse título, depende de seu aspecto funcional, o que caracteriza a sua essência ou conceituação prática. Nesse sentido, pode-se dizer que uma organização empresarial nada mais é do que um conjunto de atos organizados para promover uma atividade baseada na circulação de bens ou serviços visando ao lucro.

A empresa não é constituída de um ato isolado, mas sim de um conjunto de atos de forma reiterada. A atividade empresarial em caráter profissional gera atos vinculados e coordenados que se coadunam com um objetivo final: a obtenção de lucro. No entanto, é preciso deixar claro que nem toda ocupação que almeja fins lucrativos pode ser concebida como um exercício empresarial, pois conforme o artigo 966 do Código Civil (2002) é necessária a organização de fatores de produção para a caracterização do elemento empresa. Sendo assim, não se pode tratar as atividades de cunho intelectual ou de natureza artística ou literária como ofícios de caráter empresarial.

A clareza na organização e padronização das atividades desempenhadas é que se coadunam para a caracterização da empresa. As atividades de cunho artístico, intelectual ou literário, quase sempre pautadas na exclusividade de sua produção, não podem ser consideradas como empresariais, mas como uma condição secundária da atividade (TOMAZETTE, 2016). A esse respeito, é importante informar que o Conselho da Justiça Federal, aprovou alguns enunciados sobre a temática. O Enunciado 194 – por exemplo – trata dos profissionais liberais e de sua condição de não empresários ([1]). No Enunciado 195, o assunto é a necessidade de a empresa ter demanda econômica e absorver a atividade intelectual: “A expressão “elemento de empresa” demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da absorção da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da organização empresarial”. (CONSELHO, 2002).

Até aqui falamos sobre o que é uma empresa. Mas, quem é o empresário? Analisando o artigo 966 do Código Civil constata-se que “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. ” (BRASIL, 2002).

O empresário é, então, o titular da atividade, sendo este uma pessoa física agindo de forma isolada, como na empresa individual, ou jurídica, no caso da sociedade empresária de que participam diversas pessoas naturais. É de bom tom lembrarmos que a Lei nº 12.441 (2011) alterou o Código Civil de 2002 para permitir a constituição da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: (Art. 980-A). Ela será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. (BRASIL, 2011). Também é necessário distinguirmos empresário e sócio, pois enquanto o sócio é uma pessoa natural que se une a outra para uma melhor organização da atividade empresarial típica, o empresário é uma pessoa física revestida de personalidade jurídica.

O Direito Empresarial Como Ramo Autônomo do Direito

O Direito Empresarial ganha escopos característicos nas decisões judiciais, doutrina e leis após sua consolidação como uma área ou ramo específico do Direito. Apesar de encontrar guarida nos Direitos Privado e Civil, ele é autônomo, pois tem fundamentos próprios e muitas diferenças intrínsecas e extrínsecas com relação ao Direito Civil geral. É certo que o Direito Empresarial atua em conjunto com o Direito Civil. Assim como os ramos tributário e trabalhista, ele não se desvencilha totalmente de algumas áreas, às quais está ligado pela própria norma. Contudo, é necessário salientar que ele mantém uma separação peculiar em diversos aspectos que o fazem ter a autonomia que justifica sua existência e consolidação.

Características Distintivas do Direito Empresarial

  • Cosmopolitismo: Ele atua em conjunto com regras e leis de cunho internacional que regem as atividades empresariais.
  • Onerosidade: Ele visa ao lucro.
  • Informalidade: Tem a necessidade de menos intervenção do Estado e mais desburocratização.
  • Fragmentarismo: Mesmo com regras e normas próprias, ele se utiliza muito de outros ramos do Direito, com normas fragmentadas para compor seu escopo de regras específicas.

A Importância do Direito Empresarial

Sabe-se que as atividades empresariais são reguladas pelo Estado, o qual detém a fiscalização das leis, aplicadas na prática diária do cidadão. O regime de normas e regras emanadas e controladas pelos poderes do Estado de Direito – Legislativo, Executivo e Judiciário – pode ser traduzido como sendo o regime jurídico da empresa. É certo que todos entendem que hoje a empresa é um elemento essencial da sociedade, seja porque produz algo que consumimos, seja porque compra de outra um produto de que fazemos uso, seja porque somos usuários de seus serviços (CHAGAS, 2016). Sendo assim, o Direito Empresarial tem extrema relevância, afinal faz parte do dia a dia de todos e rege a vida coletiva.

A importância econômica e social da empresa é inquestionável, o que faz com que as questões empresariais, regidas pelo Direito Empresarial, sejam objetos basilares da sociedade moderna. As atividades empresariais fazem a economia “girar”: o salário de um trabalhador da empresa A, por exemplo, serve para a compra de produtos e contratação de serviços das empresas B, C, D, E… Esse dinheiro sustenta a família, paga a escola dos filhos, as contas de consumo diário etc. A empresa merece respeito, pois faz parte da sociedade como um todo. Também é pertinente apontar que o Direito Empresarial renova as questões normativas que atingem as empresas e cria novas regras que porventura sejam cabíveis e necessárias frente aos acontecimentos. Um exemplo é o fato de as atividades do ramo sempre terem visado ao lucro, mas as ideias atuais interpretarem como ultrapassada a visão de que a obtenção de ganhos deve ser “a qualquer preço”. Hoje, entende-se que a função social da empresa deve prezar pela responsabilidade diante das atitudes de seus comandos (FINKELSTEIN, 2015).

A empresa é importante, uma vez que ela não se limita apenas a gerar lucro para o seu proprietário, pois suas atividades envolvem pessoas, famílias, o próprio empresário, o estabelecimento empresarial, a economia, a questão dos impostos; ou seja, a sociedade como um todo. Dessa forma, o Direito Empresarial promove uma constante renovação na sociedade. Ele caminha junto com novas regras e normas, com a mutação da visão de empresa. Portanto, o Direito Empresarial é fundamental e, o lucro e a função social da empresa, são questões modernas que só encontram guarida no novo patamar do entendimento das atividades empresariais.

REFERÊNCIAS

BRASIL Congresso Nacional. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Diário Oficial da União, 11 jan. 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm&gt;. Acesso em: 31 out. 2018.

______. ______. Lei no 12.441, de 11 de julho de 2011. Altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para permitir a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada. Brasília: Diário Oficial da União, 12 jul. 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2011/lei/l12441.htm>. Acesso em: 31 out. 2018.

CHAGAS, E. E.; LENZA, P. (Coord.). Direito Empresarial esquematizado. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

COELHO, F. U. Curso de direito Comercial: Direito de Empresa. v. 1. São Paulo: Saraiva, 2016.

CONSELHO da Justiça Federal. Jornada de Direito Civil III: Enunciado 195. Brasília: Conselho da Justiça Federal, 2002. Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/375&gt;. Acesso em: 31 out. 2018.

FINKELSTEIN, M. E. (Coord.). Direito Empresarial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

NEGRÃO, R. Manual de Direito Comercial de Empresa: Teoria geral da Empresa e Direito Societário. São Paulo: Saraiva, 2013.

REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.TOMAZETTE, M. Curso de Direito Empresarial: teoria geral e direito societário. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2016.


([1])  “Os profissionais liberais não são considerados empresários, salvo se a organização dos fatores de produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida.” Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/374&gt;. Acesso em: 30 jun. 2018.

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Produção, Custos e Renda na Macroeconomia

Que Fórmula Pode Expressar a Função de Produção Básica? Como Alcançar a Eficiência Produtiva? Quais os Custos Existentes na Produção? Qual a Relação Entre a Produção Total e o Custo Total?

Em função da quantidade limitada de recursos – dinheiro, pessoas ou máquinas – e das necessidades ilimitadas de uma sociedade, são necessárias escolhas em termos econômicos e, em consequência disso, surgem algumas perguntas como: O que produzir? Como produzir? Quando produzir? Quanto produzir? Para quem produzir? A busca por essas respostas implica em maior ou menor utilização de recursos pelas organizações. Em razão disso, outro fator importante se faz presente: a questão da eficiência produtiva. Nesse sentido, deve-se estudar a relação do resultado desta produção com seus custos envolvidos e sua receita obtida e, consequentemente, o lucro (ou prejuízo) obtido.

Não distante disso, devemos lembrar do envolvimento dos conceitos com os consumidores, pois eles sempre buscam preços menores condizentes como o seu poder aquisitivo. Em Economia, produção é um processo, um método que consiste na combinação dos fatores de produção cuja finalidade é a de satisfazer as diversas necessidades humanas promovendo a geração de bens ou serviços. Numa visão mais simplista, seria a combinação dos fatores de produção que estudamos para a criação dos bens ou serviços de que os consumidores (pessoas ou organizações) necessitam. Segundo Fontes (2010), o termo produção remete aos produtos e aos fatores de produção utilizados na elaboração de bens e serviços. E ao resultado de um processo de produção denomina-se de produto, sendo este o resultado que será consumido pela sociedade. A função de produção básica é expressa por Q = A f (L, K, T), onde:

  • Q é a quantidade total produzida por unidade de tempo;
  • L é a quantidade de mão de obra utilizada por unidade de tempo;
  • K é o capital físico utilizado por unidade de tempo;
  • T é a quantidade de área ou terra utilizada por unidade de tempo; e
  • A é a tecnologia utilizada na produção. ([1])

Não se pode esquecer que, quando empregados nas atividades de mercado, a associação dos fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital), realiza a produção e o produto gerado. Porém, há também uma variável importante e imprescindível: a tecnologia que, conforme Fontes (2010), são os conhecimentos técnicos e científicos aplicados à atividade econômica. A técnica economicamente mais eficiente será aquela que permite a obtenção do mesmo nível de produção que as técnicas alternativas, ao menor custo possível. Todas as organizações são sistemas de recursos que perseguem determinados objetivos e, todas as pessoas que as administram, são as responsáveis pela realização de objetivos e pela forma como os recursos serão utilizados. Nesse sentido, dois (2) novos conceitos são introduzidos no nosso estudo: o da eficiência e o do custo:

a) Podemos entender por “eficiência” a relação entre os resultados que foram obtidos e os recursos que foram utilizados. É a palavra que indica que a organização utiliza produtivamente ou de maneira econômica, todos os seus recursos. Quanto maior o grau de produtividade ou otimização na utilização dos recursos, dizemos que mais eficiente é a organização. Segundo Stoner (1999), eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização; para Drucker (apud STONER, 1999, p. 136), eficiência é “fazer as coisas certo”. Uma abordagem da eficiência como uma medida de desempenho é feita por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: “[. . . ] eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, [. . . ] é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante”.

Em relação à teoria da produção, podemos ainda distinguir dois conceitos: eficiência técnica e eficiência econômica. Conforme Fontes (2010), a eficiência técnica existe quando um método é tecnologicamente mais eficiente, permitindo a obtenção da mesma quantidade de produtos que os outros processos, com a utilização de menor quantidade de todos os fatores de produção ou menor quantidade de pelo menos um fator. A eficiência econômica é alcançada quando se obtêm a mesma quantidade de produto, ao menor custo possível. Numa linguagem mais simplista, a existência de eficiência significa dizer que ocorre ausência de desperdício.

b) Custo pode ser definido como o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Os custos são determinados de acordo com o grau de eficiência com que os fatores de produção e a tecnologia são utilizados. Como resultado, quando confrontados com as receitas de vendas obtidas, irão determinar a lucratividade das organizações advinda da maior ou menor otimização do uso dos fatores e da tecnologia, ou seja, com maior ou menor eficiência produtiva aplicada aos modelos produtivos.

Eficiência Produtiva

Evidencia-se eficiência produtiva quando o uso das tecnologias de produção – e dos fatores de produção – não conseguem produzir maior quantidade de um determinado bem sem sacrificar a produção de outro; quando isso ocorre, significa que a economia está sobre a sua fronteira de possibilidades de produção. Em termos microeconômicos, podemos afirmar que a existência de eficiência produtiva significa que, utilizando a tecnologia disponível e os preços correlacionados dos fatores de produção, uma determinada organização conseguiu produzir o máximo de bens com o mínimo de fatores produtivos.

Relação Entre a Produção Total e o Custo Total

O Custo Total é a soma de todos os custos de uma empresa, não importando se eles são fixos ou variáveis. Sendo eles insignificantes ou não, pode-se afirmar que se trata de qualquer tipo de gasto que a organização efetue, em qualquer esfera. É comum esquecemos de alguns gastos, como por exemplo o custo com as embalagens usadas ou com a customização de outros produtos. Dessa forma, o Custo só é reconhecido como tal no instante do uso de fatores de produção na manufatura de um produto ou na realização de um serviço. Um exemplo disso é a matéria-prima utilizada na confecção de um determinado produto.

Fontes (2010) nos dá conta que o Custo é o inverso da produção; ou seja, ele diminui quando a produção aumenta e aumenta quando a produção cai. Esta afirmativa, embora de difícil interpretação, pode ser entendida como resultado da existência dos custos fixos, pois na medida em que os volumes de produção aumentam, eles são, na mesma proporção, diluídos pela maior quantidade produzida. O inverso também deve ser assim entendido. Custos Fixos são aqueles menos propensos a apresentar variações em relação ao volume de produção – ou de vendas e, ao contrário, os Custos Variáveis, estão relacionados ao aumento ou diminuição de gastos proporcional ao nível de atividade. A Produção Total definida pela organização também dependerá dos Custos Totais envolvidos nesta produção e a maior ou menor eficiência conseguida será fator preponderante para obtenção dos lucros.

REFERÊNCIAS

 
FARINA, E. M. ; AZEVEDO, P. F. ; SAES, M. S. Competitividade: Mercado, Estado e Organizações. São Paulo: Editora Singular, 2000.
FONTES, R. Economia: um Enfoque Básico e Simplificado. São Paulo: Atlas, 2010. STONER, R. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1999.

([1]FONTES, R. Economia: um Enfoque Básico e Simplificado. São Paulo: Atlas, 2010, p. 23

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Como Criar os Melhores Títulos e Atrair Leitores Para Seu Site

Quais os Elementos Necessários Para a Construção de Bons Títulos? Que Empresas Brasileiras Estão Aplicando o Marketing de Conteúdo Com Sucesso?

O título é o principal responsável por abrirem ou não a sua mensagem, tendo a finalidade de despertar a curiosidade de seu público para que saibam da sua existência. Desenvolver uma ideia e colocá-la em prática não é uma tarefa simples, pois requer pesquisa, estudo, aprofundamento do assunto, rascunhos e brainstorming. Após toda esta análise, você inicia o processo de fazer das ideias algo existente. Escrever bons artigos faz parte da estratégia de inúmeros sites, blogs e redes sociais. Mas, de nada adianta se estes conteúdos não chamarem a devida atenção de seu público para a leitura.

O grande responsável para instigar e convidar o público a aumentar seu conhecimento ou ficar ciente de uma novidade, é o título. O título é a primeira conexão com seus leitores e se houver falha neste início, é certo que seu objetivo não será alcançado. Ele está presente em praticamente tudo que fazemos na web: nas redes sociais, nas matérias, anúncios e até mesmo nas ferramentas de busca, como o Google.

Dicas Importantes Para Criação de Títulos

1) A técnica AIDA

Existem quatro (4) elementos necessários para a construção de bons títulos:

  • Atenção: capture com as palavras certas a atenção de seu leitor. Ideias como: “Saiba agora”, “Imediatamente”, “Não perca tempo”, “Gratuito”, “Descubra” são ótimas para que o leitor saiba de imediato que aquele assunto o interessará.
  • Interesse: coloque o principal benefício que seu público terá em ler o seu artigo. “Melhore sua vida”, “Aumente seu conhecimento”, “Ganhe dinheiro” são alguns exemplos.
  • Desejo: aqui a ideia é despertar o desejo através da combinação dos benefícios com senso de urgência: “Melhore sua vida imediatamente”, “Aumente seu conhecimento em poucas horas”, “Ganhe mais dinheiro em 1 semana”.
  • Ação: convide o leitor a ler, curtir e compartilhar o conhecimento. Inclua algo como: “Clique aqui e descubra”. Esta é a fórmula perfeita para conseguir a atenção desejada.

2) Deixe sempre claro para seu público que ele é único, especial, que o conhecimento que você compartilha será excelente para sua vida

3) O título tem a função também de informar que sua empresa é referência em determinado assunto “Saiba agora”, por exemplo, passa a imagem de que quem está comunicando detém deste conhecimento e faz questão de compartilhar para a sociedade algo que é de suma importância.

4) Seja diferente. Não tenha medo de ser esquisito. Às vezes, um título “estranho” pode chamar ainda mais a atenção no meio de mensagens que já estamos acostumados a ver.

5) Listas. Está comprovado: listas e números nos títulos ganham a preferência de qualquer público. “10 motivos”, “7 Dicas”, “3 passos” tem muito mais audiência e aceitação.

6) Utilize palavras-chave. Não é para ser mecânico! Se houver a possibilidade de incluir também no título palavras-chave de seu texto, é uma excelente maneira de SEO, além de ser uma forma atraente e inteligente de chamar a atenção.

Estas dicas te ajudarão a aumentar as chances de seu público ter o interesse sobre determinado artigo publicado. Mas, tão importante quanto, inclua na mensagem o quanto sua empresa se envolve com seus clientes, que fazem questão de fazer parte de seu universo, de solucionar sempre seus problemas, de estar próximo nas dificuldades. Mesmo se sua estratégia for B2B, seu público, seja ele qual for, são seres humanos que gostam e precisam ser tratados como tal. Quanto mais “íntimos” os títulos e as mensagens forem, a empatia será maior e as chances de notoriedade aumentarão.

Empresas Brasileiras Que Praticam o Marketing de Conteúdo

A relação empresa / cliente já está totalmente diferente de cinco (5) anos atrás. Antes, sem o foco evidenciado no digital, os colaboradores e empresários estavam mais presentes fisicamente, faziam mais telefonemas e o número de visitas pessoais eram maiores. Com o avanço da tecnologia, o envio de e-mails e mensagens virtuais superou a presença física. Para equilibrar esta relação e não esfriar o contato, é preciso planejamento e superar as expectativas com conteúdo inteligente, criativo e informativo para os blogs e redes sociais, já que estas ferramentas são atualmente os maiores canais de comunicação com seu cliente. Para entender na prática a importância e relevância do assunto alguns dados:

  • Mais de 90% dos profissionais que atuam B2B usarão estratégia de marketing.
  • 82% das empresas pretendem investir mais dinheiro neste tema em 2014;
  • O blog corporativo será a tática de marketing mais utilizada este ano.
  • 87% das empresas se envolvem com seu público nas mídias sociais; • Quase 90% disseram usar mídias sociais para se conectar com seus clientes.

As estatísticas mostram que o mundo corporativo precisa estar conectado para entregar mais valor ao cliente, estreitar o relacionamento e compartilhar seu conhecimento. Conheça agora como algumas empresas brasileiras estão trabalhando o Marketing de Conteúdo para ganhar leads qualificados e fidelizar os clientes já existentes:

1) PETROBRAS: Com mais de 1 milhão de fãs em sua fanpage, a empresa posta de 2 a 3 conteúdos diários, normalmente com um breve texto na descrição e uma imagem atrativa (na maioria das vezes com link para o blog corporativo (intitulado como “Fatos e Dados”). O blog é um espaço para diálogo e transparência sobre fatos e dados recentes da Petrobras. Nos últimos meses, um dos posts mais compartilhados foi do Grifo04, um supercomputador que utiliza programas para a geração de imagens das bacias sedimentares.

Ou seja, um assunto institucional gerou mais audiência do que novidades dos carros da Fórmula 1, um dos posts de notícias externas que a empresa divulgou. Isso nos remete à importância da divulgação dos conhecimentos e conquistas corporativas para seu público poder comentar, curtir e compartilhar. A empresa utiliza também os canais Twitter, Google Plus, LinkedInd, Youtube e Instagram.

2) PÃO DE AÇÚCAR: A empresa explora a força das redes sociais para criar empatia com os consumidores, divulgando os produtos de uma forma criativa. “Vai ser difícil tomar só uma taça” com a foto de garrafas de vinho e um aperitivo de carnes, chama a atenção do leitor, que fica com água na boca. O texto na descrição, fala um pouco mais sobre a delícia de se tomar um vinho e, naturalmente, faz um convite a todos para comprarem suas garrafas no Pão de Açúcar.

Além disso, temas como feriados e datas comemorativas, prática de esportes e dicas diversas fazem parte de suas redes sociais. Sustentabilidade, reciclagem e saúde são temas sempre presentes no blog do supermercado, que enfatiza as ações da empresa, os números e notícias de cada segmento.

3) MRV: A construtora posta diariamente mais de 5 posts no Facebook com dicas de decoração, imóveis à venda e aluguel disponíveis, dicas de limpeza para casa, eventos que participam, etc. Para empresas com alto número de críticas, é fundamental a participação em redes sociais para estreitar o relacionamento com o público. Uma dica importante, que a MRV pratica, é responder a todas as dúvidas e críticas de uma forma profissional, sempre com foco na resolução do problema.

A empresa possui um canal de vendas exclusivo no Facebook, que atende de prontidão os clientes interessados. Todas as dicas têm link para o blog da MRV, que possui uma linguagem informal e divulga notícias e novidades do mercado imobiliário, lançamentos, hotsites e campanhas promocionais conquistando assim, a empatia de seus visitantes. A construtora está presente em praticamente todas as redes sociais: FlickR, LinkedIn, Pinterest, Slideshare, Twitter, Youtube, Google Plus e Facebook.

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Fatores a Serem Considerados no Planejamento Estratégico Organizacional

Qual a Influência de Grupos Organizados no Planejamento Estratégico? Como Implementar Uma Estratégia Através da Liderança? Quais as Consequências de Possíveis Influências Tecnológicas em Indivíduos e Grupos?

1. Influências Externas

a) Valores da Sociedade: atitudes perante o trabalho, autoridade e tolerância são valores constantemente modificados pela sociedade, os quais influenciam no comportamento de colaboradores nas empresas e, consequentemente, sua estratégia. O melhor exemplo disso é que alguns padrões de comportamento aceitáveis algumas décadas atrás, podem ser indesejáveis nos dias de hoje.

b) Grupos Organizados: indivíduos muitas vezes pertencem a grupos que os influenciam como sindicatos, partidos políticos e grupos religiosos. Algumas empresas recrutam pessoas que pertençam a um grupo específico: – a Golden Cross – por exemplo – costuma recrutar protestantes e esta religião influencia bastante a cultura organizacional e, consequentemente, sua estratégia. Muitas vezes estes grupos exercem influência de forma informal, mas desenvolvem normas de conduta que influenciam diretamente o comportamento do indivíduo.

2. Natureza da Organização

a) Situação de Mercado: a situação na qual a organização se encontra no mercado certamente influencia no comportamento de indivíduos e grupos. Empresas em boa situação costumam ter empregados mais resistentes à mudança.

b) Produtos / Tecnologia: há duas maneiras possíveis das influências tecnológicas influenciarem indivíduos e grupos: através das limitações que impõe ao modo de trabalhar da organização e através da mudança das habilidades necessárias e, por consequência disto, a alteração da cultura organizacional.

3. Cultura Organizacional

a) História e Tradição: as histórias e os mitos de uma organização mostram a essência das estratégias passadas, legitimizam os tipos de comportamento de indivíduos e grupos de dentro da organização e as atitudes dos que estão fora desta.

b) Liderança e Estilo Gerencial: a liderança é um fator indispensável para o desenvolvimento da estratégia. Pessoas que compartilham de valores comuns são levados a posições de liderança de modo que possam difundir tais valores e crenças pelos demais membros da organização.

c) Estrutura e Sistemas: a estrutura da organização é importante no desenvolvimento estratégico, pois a direção favorecerá a adoção de objetivos que fortaleçam a estrutura da qual faz parte. O sistema de controle é importante, pois os indivíduos tendem a elaborar estratégias que melhorem os parâmetros medidos por tais sistemas.

4. Poder nas Organizações

O mecanismo pelo qual as expectativas podem influenciar a política da organização é chamado de poder. É melhor definido como a extensão até a qual indivíduos ou grupos são capazes de persuadir, induzir o coagir outros em determinados cursos de ação.

Uma abordagem para o modo pelo qual o poder está estruturado nas organizações é derivada da estrutura de classes. Marx (1876) argumentou que os interesses das classes são estruturalmente pré-determinados, independente de outras bases de identidade. Weber estendeu os conceitos de Marx, afirmando que o poder se origina na posse e controle dos meios de produção, mas também poderia ter origem no conhecimento das operações.

5. Fontes de Poder na Organização

a) Hierarquia: fornece o chamado “poder formal” sobre pessoas. É um dos métodos utilizados pela gerência sênior para influenciar nos rumos da organização. Quando a decisão estratégica é bastante concentrada nos níveis mais altos da hierarquia, este tipo de poder é grande junto aos gerentes seniores. Porém, o uso isolado desse tipo de poder pode ter efeitos bastante limitados.

b) Influência: pode ser uma fonte de poder, principalmente quando proveniente de líderes carismáticos. É usual a visão de que a mais importante tarefa do gerente é moldar a cultura organizacional, através da influência, de forma que esta se adapte à estratégia.

c) Controle de Recursos Estratégicos: é uma grande fonte de poder, mas que costuma sofrer grandes alterações ao longo do tempo.

d) Habilidade / Conhecimento: alguns indivíduos podem ter poder a partir de suas capacidades ou conhecimentos, sendo considerados insubstituíveis. Outros criam uma mística acerca de seus trabalhos, o que pode ser uma estratégia arriscada de se obter poder pois outras pessoas na organização podem se interessar em alcançar as mesmas características destes indivíduos.

Implementação da Estratégia

1. Liderança

O desafio de se desenvolver ou restabelecer uma estratégia clara é, antes de mais nada, um problema organizacional e depende da liderança. Com tantas forças trabalhando contra a realização de escolhas e trade-offs, a presença de estrutura intelectual que guie a estratégia é necessária para contrabalançar a resistência às mudanças.

É comum observar que, em muitas organizações, a liderança se tornou meramente a implementação de melhoras operacionais e fazer acordos. Uma das principais tarefas do líder é ensinar aos outros sobre estratégia – e como dizer não, pois as escolhas estratégicas sobre o que não se deve fazer são tão importantes sobre as que dizem respeito ao que deve ser feito.

Cabe ao líder possuir uma disciplina constante e facilidade de comunicação, guiando os empregados para que estes façam escolhas devido aos trade-offs que aparecem em suas atividades individuais e nas decisões rotineiras.

2. Motivação

Uma vez escolhida a estratégia da empresa, cabe ao gerente a seguinte pergunta: “Como posso conseguir que um funcionário faça o que eu quero?”.

Sabe-se hoje que os fatores envolvidos na produção da satisfação (e motivação) no trabalho são separados e distintos dos fatores que levam à insatisfação no trabalho. Segue-se que satisfação e insatisfação no trabalho não são eventos antagônicos.

Devemos considerar dois conjuntos de necessidades humanas. Um conjunto de necessidades pode ser visto como da própria natureza animal humana – a pulsão interna em evitar a dor causado pelo ambiente, associada às pulsões aprendidas que ficam condicionadas às necessidades fisiológicas básicas. Outro conjunto está relacionado a uma característica humana singular, a capacidade humana de experimentar o crescimento psicológico.

Os fatores de crescimento ou motivadores que são intrínsecos ao trabalho são: execuções, reconhecimento pelas execuções, o trabalho em si, responsabilidade e crescimento ou progresso. Os fatores que evitam a insatisfação extrínsecos ao trabalho são: política e administração da empresa, supervisão, relacionamentos interpessoais, condições de trabalho, salário, status e segurança.

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O Poder das Cores no Marketing de Conteúdo

De Que Forma a Cor Atinge as Emoções das Pessoas? Como Traçar a Estratégia Perfeita Para Cada Público e Conseguir Sua Atenção? Além das Cores, o Que Faz Um Conteúdo Ser Realmente Bom?

Por que a Psicologia das Cores é tão importante para quem faz Marketing Digital? Alguns especialistas acreditam que as cores possam influenciar o tempo de permanência e as ações de uma pessoa quando ela chega em um site e, em outas palavras, eles afirmam que saber escolher as cores certas pode ajudá-lo a vender mais. Então, ao elaborar o planejamento para que sua empresa surpreenda nas ações na web, é preciso elencar diversos detalhes: qual tipologia utilizar, imagens que se destacam e causam impacto, conteúdo inteligente e atrativo e, não menos importante a escolha da cor perfeita.

A cor atinge as emoções de cada pessoa e é extremamente importante na transmissão de conteúdos e inclusive no processo de vendas. E este detalhe importante muitas vezes passa despercebido em seu planejamento. O ser humano é extremamente visual. Isso pode ser observado claramente nos posts com maior audiência no Facebook. Quando a empresa publica algo com uma imagem que não chame tanta atenção e com muito conteúdo, sem dúvidas o interesse das pessoas será baixo. Agora, se esta mesma empresa escolhe uma boa imagem com as cores ideais para a mensagem que quer transmitir – aliada a um texto coerente e inteligente – é certo que o sucesso deste post será maior.

Uma pesquisa concluiu existirem fatores que influenciam como e o que os consumidores compram e um deles é a escolha da cor. Ao lançar um produto, por exemplo, é crucial considerar que os consumidores dão mais importância ao visual e cor do produto do que outros fatores. Se sua empresa se encontra neste cenário, use e abuse dessas cores para ilustrar seus posts nas redes sociais. Se existe mais de uma cor neste novo produto, trabalhe com uma delas para evidenciar seus benefícios e as outras para mostrar suas principais características. Para os pesquisadores, as cores aumentam o reconhecimento de uma marca em 80% e isto se relaciona diretamente à confiança do consumidor.  (https://www.kissmetrics.io/ )

Assim que sua marca tiver certo know-how em seu mercado, utilize sua cor principal nas campanhas institucionais. Seus clientes farão a ligação automaticamente com a cor e sua empresa. Isso eleva a simpatia com a sua marca. Ao desenvolver o conteúdo para seu blog, procure imagens que utilizam elementos dessas cores ou coloque-a nos títulos que falam diretamente sobre sua empresa. O poder das cores é tão incrível devido a habilidade única de atrair tipos específicos de consumidores e mudar o comportamento de compra. Veremos abaixo como traçar a estratégia perfeita para cada tipo de público e conseguir a atenção almejada:

  • Consumidores Impulsivos. Se sua empresa for do ramo de fast food, lojas de outlet ou de liquidações, ou seja, de corporações que oferecem algo rápido, imediato, com maior rapidez, as cores que mais os atraem são o laranja, vermelho, preto e o azul royal.
  • Consumidores Com Orçamento Controlado: Muito utilizado em lojas de departamento e bancos, as cores para chamar a atenção desse tipo de público que pensa antes de efetivar a compra são o azul marinho e o verde-água.
  • Consumidores Tradicionais: Esses se identificam com o pink e com as cores em tons mais claros.

Você já percebeu o quanto as empresas estão investindo em posts e ilustrações de seus textos com cores vibrantes e chamativas? Em meio a tantas mensagens e informações em sua rede social, ao incluir uma cor alegre que mexa com a emoção das pessoas, automaticamente nossos olhos focam neste conteúdo. A dica é, se você possui uma empresa que oferece um leque de serviços/produtos, experimente categorizá-los com cores. Sempre que divulgar cada tipo de produto, utilize a mesma cor e verifique resultados.

Seu público fará o link da cor com os benefícios que este produto lhe traz e as chances de novas compras e empatia com a sua marca aumentará. Ou, se sua empresa é somente de um ramo específico, ilustre cada vantagem por uma cor. Isso conseguirá dar mais ênfase na mensagem que quer passar e passará mais organização e profissionalismo de sua empresa. Mas qual cor utilizar?

  • Amarelo: Passa otimismo, juventude, calor.
  • Vermelho: Senso de urgência, energia, vitalidade.
  • Laranja: Ousado, sugere tomada de decisão rápida e imediata.
  • Rosa: romantismo, delicadeza, sutileza.
  • Azul: segurança, credibilidade, confiança.
  • Verde: bem-estar, saúde.
  • Preto: luxo, elegância, poder e precisão.

Existe um conjunto de fatores que influenciam o comportamento do consumidor além da escolha das cores adequadas ao público e objetivo da empresa. Para os internautas, o design (aqui, além do visual, inclui-se a navegação e organização ruim de um site, por exemplo), palavras que chamam a atenção (provoque e instigue seu público) e a conveniência (velocidade e eficiência) afetam a necessidade de compra também. Alie criatividade no visual com inteligência no conteúdo e garanta mais pessoas interessadas em sua marca, e, principalmente mais reputação e boas vendas para sua empresa.

Seis Formas de Engajar Com Conteúdo

O engajamento vem do conteúdo. E qual é o conselho mais básico sobre conteúdo? Crie um bom conteúdo. Mas o que é exatamente isso? O que faz ele ser realmente bom?

1. Relevância, Pontualidade e Contexto:

O que você está postando precisa ser significativo para seu público-alvo. Se a sua ONG trabalha contra o tráfico humano, então é provável que seu público queira informações relevantes sobre o assunto. E se isso cria laços com alguma notícia atual ou viral, melhor ainda. Isso não significa que você não possa postar um conteúdo que tem pouco ou nada a ver com a sua missão, mas se o seu conteúdo é sobre algo que a sua comunidade tem interesse, com a legenda certa, até mesmo um meme pode comunicar a sua mensagem.

2. Informar, Divertir ou Tocar

Informar poderia descrever o que aquela sua ONG, do exemplo acima, compra com doações ou como os dados estão sendo usados para encontrar as pessoas que precisam de sua ajuda. Você pode mudar isso com um conteúdo que aborda algo semelhante, mas faça isso dando ênfase em encontrar o humor em situações problemáticas ou de fazer as lutas envolvidas mais reais e assim criar empatia. Mantenha a mistura vitaminada para que sua comunidade possa encontrar algo em sua timeline que agrada a eles.

3. Apresentação

Estude suas palavras, mesmo que a plataforma permita que você escreva muito. Menos é mais. Escreva a primeira frase com o intuito de chamar a atenção. Tenha cuidado com a gramática e pontuação. Se você estiver usando uma plataforma que permite hashtags, use-as separadas do texto – um post é mais difícil de ler quando cada palavra do título ou descrição tem # na frente dele.

4. Audiovisual

Se as selfies nos ensinaram alguma coisa, é que as pessoas adoram imagens. E plataformas como Twitter tornaram o seu compartilhamento mais fácil do que nunca. Ainda assim, uma inclusão ocasional de um áudio irá proporcionar variedade ao seu fluxo de conteúdo. Podcasts, gifs animados, Slideshares ou gráficos com narração e vídeo são formas diferentes de se envolver com a sua comunidade e dar um novo ar às suas mensagens. Então, misture imagens ao seu conteúdo. Isso pode fazer toda a diferença

5. Peça Para as Pessoas Comentarem

Sempre pense no seu conteúdo tendo em mente a ideia de convidar as pessoas para comentar ou colaborar. Esta é a forma mais básica do engajamento. Se você consegue fazer isso, vender algo em seu conteúdo vai ser muito mais fácil. O importante é ter o objetivo claro. Perguntas como “você faria isso? ”, ou “como é que você conseguiu? ” sempre foram boas, mas você ainda pode usar hashtags para um comentário informal ou mesmo uma piada.

Além disso, como o exemplo acima indica, usar hashtags para expressar emoções pode levar ao engajamento porque são nossas emoções que nos envolvem e nos fazem comunicar. O bom conteúdo começa com uma boa ideia. O que você procura fazer é traduzir sua missão em uma conversa de fácil compreensão. E assim como você não iria poupar seus sentimentos quando fala com um amigo, você deve mantê-los em suas comunicações sociais.

6. O Sexto Ponto O sexto (6º) ponto não é algo que você posa incluir no seu conteúdo, pois, na verdade, trata-se de uma resposta. Muitas vezes nos concentramos no que podemos dizer ao invés de ouvir. Para realmente promover o engajamento em suas contas de mídia social, preste atenção no que está inserido nelas. E responda. Mesmo que você não diga nada mais profundo do que “amei isso” ou “rs” você está se conectando com alguém e que irá incentivá-lo a voltar e se conectar.

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Introdução ao Estudo da Economia Como Uma Ciência

Onde Surgiram as Primeiras Atividades Econômicas? Quando a Economia Despontou Como Ciência? Por Que Alguns Setores da Economia Crescem Mais do Que Outros? O Que Significa Déficit Governamental?

Por volta de 4000 a. C. o homem descobriu a agricultura, formando assim as primeiras civilizações e, consequentemente, passou a ter uma vida mais sedentária. Essas primeiras civilizações se formaram em torno de grandes rios: a Mesopotâmia que estava ligada aos Rios Tigre e Eufrates, o Egito, ligado ao rio Nilo, a Índia ao rio Indo e a China ao rio Amarelo. Mas, foi no Oriente Médio que tiveram início as civilizações e, tempos depois, foram se desenvolvendo no Oriente outras civilizações que, sem contar com o poder fertilizante dos grandes rios, ganharam características diversas. As pastoris, como a dos hebreus, ou as mercantis, como a dos fenícios. Cada um desses povos teve, além de uma rica história interna, longas e muitas vezes conflituosas relações com os demais.

Pode-se dizer que na Mesopotâmia já existiam transações econômicas, pois essa civilização é considerada uma das mais antigas da história. Ocupada entre 4.000 a.C. e 539 a.C. por uma série de povos que formaram a nação mesopotâmica, a estreita faixa de terra localizava-se entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio – onde atualmente é o Iraque. Por sua disponibilidade de terras, grande parte de sua riqueza era movida pelas atividades agrícolas. Embora já existissem naquela época atividades comerciais e, portanto, econômicas, ainda não se falava sobre a Economia como Ciência. Já na Renascença, por volta dos séculos XV e XVI, era quase impossível a emergência da Economia como campo específico de estudo, tendo em vista a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, além de limitada da atividade econômica.

Vários foram os problemas vividos pelas sociedades antigas e, certamente, em todas as épocas da História universal dessas pequenas comunidades, todas procuraram resolver de alguma forma seus problemas de natureza econômica. Porém, os registros históricos de estudos da economia vistos como conjunto sistematizado de conhecimento são relativamente recentes.

Somente a partir do século XVIII é que a Economia despontou como Ciência e, a partir da Revolução Industrial (final do século XIX) com o motor de combustão interna e a geração de energia elétrica, o progresso econômico foi intenso. Nas últimas décadas do século XX, seu estudo ganhou novo e inesperado impulso. Após os conflitos evidenciados nos períodos de guerras (a primeira entre 1914 e 1918 e a segunda entre 1939 e 1945), os estudos da época tinham foco em como conseguir rapidamente o equilíbrio econômico das nações, pois havia uma grande massa de desempregados.

Mas, se já fazíamos transações econômicas em nosso dia a dia, por que falar da Economia como Ciência? Em um grupo formado por várias pessoas, podemos dizer que cada uma delas age de forma diferente diante de um problema econômico. Contudo, ao ocupar um cargo de responsabilidade em uma empresa ou na administração pública, essas pessoas precisam ir além da subjetividade, ou seja, necessitarão de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas econômicos no contexto organizacional.  

Questões Econômicas Mais Relevantes

  • Aumento de Preços: Os aumentos de preços se justificam em função da existência de inflação. Quando há inflação nas economias, o ajuste de preços ocorre em função da falta de credibilidade do empresário em relação à estabilidade da economia. Na verdade, não ocorre equilíbrio entre oferta e procura.
  • Períodos de Crise Econômica: Pode-se dizer que há uma relação direta entre os períodos de crise econômica com o montante que os governos gastam dos recursos que têm a sua disposição. Quando se gasta mais do que o disponível, é gerado um desequilíbrio nas contas dos governos, levando o país a enfrentar crises. A consequência é a elevada carga tributária, o que ajuda a reduzir o consumo da sociedade, provocando menor produção e mais desemprego.
  • Desemprego: tem forte relação com os setores produtivos e, estes, dependem do poder aquisitivo dos consumidores para decidirem o volume que será produzido. Portanto, o ideal é que haja crescimento econômico de forma a utilizar a plena capacidade produtiva disponível, ou seja, direcionar a economia ao pleno emprego dos recursos.
  • Setores Que Crescem Mais Que Outros: Atualmente observa-se que alguns setores crescem mais do que outros, como por exemplo a indústria automobilística, que buscou investir de maneira acentuada na aceleração do crescimento e desenvolvimento tecnológico para que pudesse atender à exigência do consumidor ao buscar pelo conforto, pelo prazer e pela satisfação pessoal. Ou negativamente, a indústria de Bens de Capital, que para vender uma nova máquina, depende de os consumidores comprarem mais do que têm comprado.
  • Diferenças Salariais: Desde a formação da sociedade brasileira, evidenciamos que os grandes centros pagam mais pelo trabalho do que as regiões que acusam menor índice de desenvolvimento e crescimento econômico. Tal colocação nos levará a entender a questão do “custo de vida” que tanto ouvimos falar. Isso se deve à realidade que nas capitais mais desenvolvidas os preços são maiores, em comparação com os centros menos desenvolvidos, o que leva a gastos maiores no primeiro em relação ao segundo.
  • Crises no Balanço de Pagamentos: Em uma economia globalizada os acordos econômicos são feitos de maneira equilibrada; ou seja, não está previsto a determinado país exportar mais do que importará deste país. Quando esse “Balanço de Pagamentos” está em desequilíbrio, ou seja, há mais importação (compra) do que exportações (venda), dizemos que há crise no balanço de pagamentos.
  • Valorização (ou Desvalorização) na Taxa de Câmbio: O dólar é o parâmetro para comparação entre as moedas mundiais, por ser considerada uma moeda forte e estável. Quando existe algum aumento do dólar os exportadores acham bom, pois isso torna o produto brasileiro mais competitivo.
  • Ociosidade em Alguns Setores da Atividade: Vários são os fatores que determinam a “atividade”, seja pela melhor maximização dos recursos utilizados, pelo poder aquisitivo dos consumidores, seja pela necessidade de o patrão aumentar seus preços ou pela concorrência acirrada em função da necessidade de sobrevivência. Enfim, os setores econômicos sempre serão influenciados pelas decisões dos consumidores, dos empresários (produtores) ou pelo governo como mediador.
  • Taxas de Juros: Taxa de juros como o custo do dinheiro em um determinado tempo. Em palavras mais simples, quanto custa obter recurso (dinheiro) de alguém? Esse custo é explicado pela taxa de juros. No Brasil, a taxa de juros ainda é um fator que restringe o crédito ou a busca por tal dinheiro. Devemos entender que todo consumidor, ao obter dinheiro, é conduzido ao consumo. Tal procedimento faz com que o detentor do capital, percebendo mais dinheiro na Economia, eleve seus preços provocando o aumento dos índices de inflação. Então, a taxa de juros passa a ser uma ferramenta de controle, coibindo tal procedimento. ([1])
  • Déficit Governamental: Tem forte relação com a questão da dívida externa, uma vez que essa tem fundamento na ação do governo de utilizar recursos oriundos de economias estrangeiras passando a dever para estes.
  • Elevação de Impostos e Tarifas Públicas: Devemos nos lembrar que, para movimentar a “máquina pública”, o governo necessita de recursos, ou seja, o dinheiro que movimenta tal máquina é originado pelo pagamento de impostos e tributos. Quando o governo arrecada mais do que consome, há um aumento em impostos e tarifas.

Conforme Mochón (2007), os impostos são instrumentos fundamentais da política econômica. A incidência de um imposto mede a maneira como se divide a carga do imposto entre os participantes do mercado. Os impostos reduzem a renda privada e o gasto privado e, ao mesmo tempo, são fontes de recursos para o gasto público. Conforme temos evidenciado, o governo também se usa do advento do imposto para alavancar determinados setores econômicos, como o foi em certos momentos, quando da redução da alíquota do IPI para incentivar o aumento da venda de automóveis.

REFERÊNCIAS

  MOCHÓN, F. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. PASSOS, C. R. M; NOGAMI, O. Princípios de economia. 5. ed. ver. São Paulo: Cengage Learning, 2008. ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

([1])  MOCHÓN, F. Princípios de economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007

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Algumas Características da Função Logística

Como Era a Logística Empresarial Antes de 1950? Como Evoluiu a Logística Empresarial? Como Conseguir Vantagem Competitiva Através da Logística?
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Após a Revolução Industrial as primeiras manufaturas já se deparavam com questões complexas como aquisição de matérias-primas, planejamento de produção e distribuição física de seus produtos e, por esse motivo, as modernas organizações não deveriam considerar a Logística Empresarial como sendo algo inovador.
Entretanto, o reconhecimento da necessidade de estruturação desta função nas empresas é um tema bem atual, pois as organizações militares foram a primeira forma de organização humana a considerar a importância do planejamento em níveis estratégicos, táticos e operacionais da função logística.
Sob o comando de Napoleão Bonaparte, seus soldados foram mortos na Rússia (1812) em sua maioria por inanição e frio, pois em vez de desferir golpes de baioneta o exército inimigo limitava-se a queimar plantações e impedir o acesso dos franceses a comida e abrigo.
Desde então, o planejamento de suprimentos vem sendo vital para o sucesso das operações militares. Ainda hoje, com a sofisticação das práticas militares, as grandes potências armadas são capazes de deslocar verdadeiros arsenais através de milhares de quilômetros e tem formalizada e prestigiada, a função logística em sua organização.
Antes de 1950, a função Logística nas organizações estava totalmente indefinida e os conflitos de gerenciamento eram inevitáveis, pois as empresas fragmentavam a administração das atividades-chaves da Logística.
Ou seja, o transporte era encontrado sob o comando gerencial da produção e o processamento de pedidos – por exemplo – era controlado pela área de finanças ou de vendas. Isso resultava em conflito de objetivos e de responsabilidades para as atividades logísticas.
Dessa forma, foi somente após a década de 50 que as organizações começaram a perceber a necessidade de desenvolver operações desde a concepção até a venda de seus produtos. Diante disso, a administração da cadeia de suprimentos de uma empresa passou a ser a definição mais moderna do papel desta importante função.
Vale ressaltar que as evoluções na tecnologia da informação, nas telecomunicações e a crescente disponibilidade de computação a um baixo custo, foram importantes catalisadores, desta onda de transformações vivida na Logística Empresarial: _ a integração das cadeias de suprimento.
Nesta cadeia formada por uma sucessão de clientes e fornecedores há um fluxo contínuo de materiais e informações, visando o atendimento das demandas do mercado consumidor final.
Atualmente, a palavra de ordem entre os gestores empresariais é a continuada busca pela criação e pela manutenção da vantagem competitiva, a qual é uma medida dinâmica e relativa da sua capacidade de satisfazer, superando as expectativas de seus clientes de forma eficaz, garantido assim lucros progressivos e uma crescente valorização do negócio.
Portanto, para o sucesso de uma organização é preciso o conhecimento do modelo de expectativas do mercado e, em última instância, o seu atendimento, diminuindo ao máximo, a lacuna existente entre o que é entregue e o que é demandado.
Em um ambiente de grande competição e fronteiras cada vez mais distantes, as empresas percebem que muitas expectativas de seus clientes – tais como prazo de entrega, prazo de validade e disponibilidade imediata de mercadorias – estavam intimamente ligadas à qualidade dos seus serviços logísticos.
Em nosso país – que apresenta carência de condições infra-estruturais, como estradas e portos e uma economia que ainda inspira certos cuidados – as empresas operam como em um jogo de xadrez, onde as peças são produtos, matérias primas, informações e recursos. Portanto, a empresa que melhor conseguir mover suas peças neste enorme tabuleiro, poderá marcar pontos sob forma de lucros para seus acionistas.